Vamos lá. Ressuscitando o Carta Desmarcada com comemorações. Essa postagem se divide em duas, já que são dois aniversários diferentes. Vou começar com um deles, e o outro só digo na próxima postagem. Espero que gostem.
O primeiro deles é o aniversário de um... Eu poderia dizer que é de um livro, mas considero que possa ser mais que isso. Poderia dizer que é um manifesto, mas também pode ser mais. Na verdade, o que dizer de uma obra como a que foi e continua sendo Manifesto Comunista?
O Manifesto completou 160 anos agora em 2008. Acho que o clima é de festa. Afinal, trata-se de uma obra que vem de 1848 predizendo, vem acertando acerca dos rumos de uma sociedade aí, que por coincidência é a sociedade em que vivemos hoje. Analisar a atualidade daquelas palavras é algo muito interessante e impressionante, mas que não é o que vou fazer aqui. Nem acho também o momento pra falar das bases comunistas lançadas com o Manifesto. Tudo isso é muito bom, muito interessante, mas vai ter que ficar pra outra ocasião.
O que vou destacar aqui é aquilo que penso ser um dos principais pontos do Manifesto, que é (tão óbvio quanto desapercebido) bradar ao mundo o que é o comunismo e o que pensam os comunistas acerca das coisas que vêem e das coisas que buscam. É um livro que traz em si valor intrínseco, por mostrar do que se trata a sociedade que “converteu o médico, o jurista, o padre, o poeta, o sábio em assalariados ao seu serviço”, que reduziu a enorme e rica diversidade do trabalho humano ao pó das relações de troca, onde converte-se em objetos de troca, em mercadorias.
Qualquer semelhança com o que foi denunciado há 160 anos atrás e a situação atual não é por acaso. Talvez não tenha exemplo melhor do que o seu próprio dilema aí em relação a sua vida profissional (presente ou futura).
Teve uma festa de aniversário e eu fui, esse mês, no Teatro dos Bancários. A efusão de reflexões sobre a atualidade desse pequeno-grande texto foi demais. Educação, sociedade, política, psicanálise... teve de tudo. Um chamado à união do proletariado do mundo inteiro, global como tinha que ser, tal como era o prognóstico de expansão capitalista, ainda ecoa. Um livro leve, de leitura rápida, muito rico, sortido, e doses de ironia são algumas de suas características mais convidativas. Acho que, de presente pelo aniversário de 160 anos, todo mundo deveria ler de novo o Manifesto do Comunista. Meus parabéns.
- Pra quem tiver interesse, no espaço de comentários a gente pode discutir o que vier sobre o livro. Esse texto que eu fiz foi mais um lembrete, um convite.
O primeiro deles é o aniversário de um... Eu poderia dizer que é de um livro, mas considero que possa ser mais que isso. Poderia dizer que é um manifesto, mas também pode ser mais. Na verdade, o que dizer de uma obra como a que foi e continua sendo Manifesto Comunista?
O Manifesto completou 160 anos agora em 2008. Acho que o clima é de festa. Afinal, trata-se de uma obra que vem de 1848 predizendo, vem acertando acerca dos rumos de uma sociedade aí, que por coincidência é a sociedade em que vivemos hoje. Analisar a atualidade daquelas palavras é algo muito interessante e impressionante, mas que não é o que vou fazer aqui. Nem acho também o momento pra falar das bases comunistas lançadas com o Manifesto. Tudo isso é muito bom, muito interessante, mas vai ter que ficar pra outra ocasião.
O que vou destacar aqui é aquilo que penso ser um dos principais pontos do Manifesto, que é (tão óbvio quanto desapercebido) bradar ao mundo o que é o comunismo e o que pensam os comunistas acerca das coisas que vêem e das coisas que buscam. É um livro que traz em si valor intrínseco, por mostrar do que se trata a sociedade que “converteu o médico, o jurista, o padre, o poeta, o sábio em assalariados ao seu serviço”, que reduziu a enorme e rica diversidade do trabalho humano ao pó das relações de troca, onde converte-se em objetos de troca, em mercadorias.
Qualquer semelhança com o que foi denunciado há 160 anos atrás e a situação atual não é por acaso. Talvez não tenha exemplo melhor do que o seu próprio dilema aí em relação a sua vida profissional (presente ou futura).
Teve uma festa de aniversário e eu fui, esse mês, no Teatro dos Bancários. A efusão de reflexões sobre a atualidade desse pequeno-grande texto foi demais. Educação, sociedade, política, psicanálise... teve de tudo. Um chamado à união do proletariado do mundo inteiro, global como tinha que ser, tal como era o prognóstico de expansão capitalista, ainda ecoa. Um livro leve, de leitura rápida, muito rico, sortido, e doses de ironia são algumas de suas características mais convidativas. Acho que, de presente pelo aniversário de 160 anos, todo mundo deveria ler de novo o Manifesto do Comunista. Meus parabéns.
- Pra quem tiver interesse, no espaço de comentários a gente pode discutir o que vier sobre o livro. Esse texto que eu fiz foi mais um lembrete, um convite.
Foto do evento no Teatro dos Bancários
160 anos do Manifesto Comunista
160 anos do Manifesto Comunista
8 comentários:
Depois comento direito. Agora, só uma pergunta: por que o Wederson tá nessa foto?! (de camisa azul, 2º da esquerda pra direita)! hehehehe
Falooo
Imagine se amanhã, na greve de advertência dos rodoviários, vários exemplares do Manifesto fossem distribuídos nas paradas de ônibus (provavelmente lotadas) e todas as pessoas - do faxineiro à secretária de algum executivo - tomassem conhecimento do conteúdo do livro. Acredito que no lugar de falas como "Esse motoristas desgraçados!", ouviria-se frases do tipo "Todo apoio à greve!"
Mas no final das contas, a leitura fica restrita aos meios intelectuais, acadêmicos e só sai desses meios, no máximo, em conversas pedantes em mesa de bar.
Parabéns pro livro!
Ué, como assim por quê!? Ele já virou uma referência até em assuntos como esse po!
Poxa, Kamilla, ótima idéia né.. Imaginar uma cena dessas é completamente plausível e teria tudo para acontecer de fato. É nessas horas que eu vejo que tenho que me dedicar mais ao que chamo de 'pedagogia do nosso povo'. Tem um monte de autores que falam sobre isso, mas esse é o termo que sempre me vem em mente quando vivencio aquelas situações que compartilho com você, por exemplo o programa da rádio..
Mal ou bem esse espaço aqui também é uma forma criarmos uma identidade de pensamento (mas pro nosso povo, dito povão, trata-se de algo bem mais primário no que diz respeito à consciência do que é ser sujeito no mundão), um repensar a partir de pessoas próximas a nós, e de elaborar ou aprimorar idéias coletivamente.
Eu sonho muito com essas coisas e acho completamente viável! Acho, aliás, que é a informação, a educação desse povo a única via para se começar a pensar em qualquer transformação.
aí léu, pois eu naum arrumei uma versão do manifesto em forma de cordel?
Daí eu boto fé de distribuir, botar pra rodar e talz... Po, o esquema num é discutir a importancia do livro, mas como transformar essa pedagogia aí em algo pratico, btf?
Nesse Ceará aí tem de tudo em forma de cordel, rapá!
Mas indo pra parte séria, acho que distribuir só um cordel não deve adiantar tanto.. A realidade é mais complexa, mais cheia de detalhes do que um cordel e até do que o manifesto poderia dizer. A nossa classe trabalhadora precisa é de educação contínua, trabalho crítico em cima da realidade que se vive. Agora, fazer isso acontecer tabmém não tem um modelo universal.. É bolar uma forma de acordo com as realidades, adaptar de outros lugares, mas é muita mão na massa e confesso que não tenho feito. Aliás, não tenho muito além do próprio blog (que eu, modéstia a parte, considero um espaço pra desmarcar certas, desintoxicar certas realidades que observo e trago pra cá.. mas o alcance é pequeno).
Já a importância do livro, acho que uma coisa não exclui a outra. Principalmente no caso em que o livro faz aniversário. Dependendo do olhar, a coisa de repente tá tão feia, que primeiro é necessário mostrar a importância que se tem (penso que não é mais um livro tão importante assim no imaginário social), pra então ter condições de trabalhá-lo ou as questões que ele aborda.
tá bombando isso aqui, hein!
intiresno muito, obrigado
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