sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Todos Curados!


Alguém aí já ouviu falar em H1N1, Influenza A, ou Gripe Suína?


Pois é, numa época distante, isso já foi o mal do século. Movimentou a indústria farmacêutica, foi o assunto mais importante da mídia, e todos que nessa época viviam estavam apavorados. Qualquer espirro e todos entravam em estado de alerta e pânico. E o mundo ficou todo contaminado desse mal. Mas isso foi em uma época distante, muito distante...


* * *


O jeitinho GDF de promover segurança e combater violência


Mais algum montante irrisório de centenas de milhares de reais foi gasto essa semana para promover o tal do “GDF TV”, aquelas propagandas em horário nobre e emissora nobre para promover o governo atual. Dessa vez, o assunto chamou atenção: combate a violência e segurança pública. E como é que o GDF faz pra promover a paz no DF? Equipa a Polícia. Não é questão de certo ou errado, mas vai perguntar o quanto o GDF tem gastado com o restante da história? A polícia prende aquele que viola as leis. Mas e depois? O ‘depois’ são presídios tão horríveis quanto jaulas, que não tem a menor condição de trazer transformações positivas para aqueles que lá estão depositados. Além disso, as políticas sociais que operacionalizam direitos e fazem vislumbrar alguma luz no fim do túnel são simplesmente desprezadas por este governo.

- Aguardem em breve um texto aqui no Carta falando da previsível construção de presídios. Presídios que abrigarão os novos detentos que o aumento puro e simples em policiamento vai gerar. É só esperar...




(Gotas!)

5 comentários:

Anônimo disse...

Frente a essa questão da gripe suína, eu penso em qual a importância real de tantas outras pandemias que existem atualmente. Soa até politicamente incorreto, mas quão séria é a AIDS? Precisamos mesmo de um coquetel de remédios violentos e caros para "combatê-la"?
Outros casos são as temidas diabetes e hipertensão... dispensa-se toneladas de medicamentos para essas duas enfermidades, mobiliza-se vários profissionais de saúde lutando dia e noite para manter a pressão arterial abaixo de 120/90 e a glicemia abaixo de 110 (com tendência aos limites ficando cada vez mais baixos) para problemas criados pela sociedade industrial e seus pós brancos: farinha, açúcar e sal.
Saudações!

ortegal disse...

Isso que você escreveu me fez lembrar do outro assunto, onde o GDF gasta com polícia, mas não gasta com escola, sistema socioeducativo ou qualquer outro meio de prevenção ou quem sabe de transformação. Digo transformação porque penso que a verdadeira educação transforma. É quase 20x mais caro um adolescente preso do que educá-lo com qualidade. Mesmo assim, só se investe na febre.
Educar a boca da população segue pela mesma linha. Mesmo sendo vantajoso, não se faz, pois de fato vivemos num mundo onde as prioridades estão todas ao contrário.
Eu entendi que é sobre isso que você está falando quando é sobre diabetes, mas não entendi essa parte da AIDS e principalmente a parte dos coquetéis.
Seria muito bom se você voltasse pra esmiuçar melhor esse debate. Seja sempre bem vinda!

Fuckin'Jay disse...

Segundo o relatório da ANISTIA INTERNACIONAL, o Brasil trata seus "presos" piores que "animais".

natalie disse...

Po, se eu fosse a indústria farmacêutica, eu estaria muito feliz com uma doença terrivelmente letal, associada ao prazer sexual, que pode ser controlada por meio de um coquetel caríssimo para pessoas jovens (ou seja, que vao tomar remédio por muitos e muitos anos)...
O surgimento da AIDS também é muito conturbado e parece guardar séria relação com a vacinação para pólio na África na década de 50... Cheira um pouco teoria da conspiração, mas as coisas nao estão como estão por acaso. Abraços

ortegal disse...

Concordo com você, Natalie. Eu questionei esse ponto só pra que não ficasse margem para dúvidas. E de fato o coquetel não combate a aids, mas controla o vírus. O combate à aids hoje é mesmo aquilo que é investido em forma de evitar o contágio. Mas a forma de dizer "quão séria é a AIDS?" eu acho que fica meio pesada. Pensei em uma resposta para essa pergunta e meio a seguinte: ela é tão séria quanto as demais. Mas as particularidades dela é que são intrigantes mesmo.

 
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