Quem vai pelas ruas do Distrito Federal onde as paradas de ônibus são de vidro já aprendeu. “Isto é comida” “Isto é entrenimento” “Isto sim, é moda”. São esses os dizeres de uma propraganda espalhada por todos os lados. Tá certo, é uma arte bem bonita, colorida, curiosa – e leve: Só a arte, o slogan, e no pé do cartaz diz “Isto é nova york” e o endereço de um site. Então o problema não é a arte, nem o conteúdo do cartaz. A questão aqui e que passa desapercebida, mas não deixa de causar o seu efeito é a mensagem quem vem neles.
Para apresentar uma mensagem simplificada, direta, de rápida assimilação do público-alvo (alvo mesmo nesse caso), apela-se pra tudo. No caso dessas propagandas aí, apelou-se para definições. O problema de definir o que é comida, o que é entretenimento e moda é justamente de por em questão o que não é. Trocando em miúdos, o que vai pensar o camarada trabalhador, que pega seu ônibus seis da manhã, que comeu cuscuz de manhã e ajeitou sua marmita de arroz com feijão pra logo mais, e se depara com desenhos de t-bone, hamburger, e roast beef? “Isto é comida. Visite NYC e conheça comida finalmente, seu analfabeto gastronômico.”
Pior do que o da alimentação é o que fala de moda. “Isto sim, é moda” Isto sim!? Pra mim, é como se o cartaz olhasse pra cada um dos cidadãos que utilizam o transporte coletivo (os baús) e estão ali na parada de ônibus e fizesse uma cara de nojo, como de quem diz “que merda de vestimenta é essa de vocês? Vocês acham que estão bonitos? Isto aqui, sim, ó, é moda de verdade.” Isto sendo que a arte é tipo uma planta que tem como flores e frutos sapatos de salto alto, bolsas, óculos, chapéus...
Pra mim, são muito mais do que cartazes que propagam as virtudes de Nova Iorque. São mais uma invasão sutil, porém aguda, do padrão norte-americano na cultura brasileira. Aqui nós temos uma culinária histórica, deliciosa, e na maioria das vezes muito mais nutritiva; formas de entretenimento mais saudáveis, mais alegres, mais humanas e mais acessíveis do que aquele show de luzes e tecnologias frias e de pouca interação; e a nossa moda é muito mais.. é muito... é, se bem que a moda... hehehe brincadeira.
Brasil e América Latina como um todo são riqueza pura nesses aspectos e todos os outros. Quem sabe abrir os olhos pra isso pode confirmar. Mas muita gente já aprendeu com o cartaz muito antes dele existir e vive aqui como se estivesse numa bolha nova-iorquina.
Para apresentar uma mensagem simplificada, direta, de rápida assimilação do público-alvo (alvo mesmo nesse caso), apela-se pra tudo. No caso dessas propagandas aí, apelou-se para definições. O problema de definir o que é comida, o que é entretenimento e moda é justamente de por em questão o que não é. Trocando em miúdos, o que vai pensar o camarada trabalhador, que pega seu ônibus seis da manhã, que comeu cuscuz de manhã e ajeitou sua marmita de arroz com feijão pra logo mais, e se depara com desenhos de t-bone, hamburger, e roast beef? “Isto é comida. Visite NYC e conheça comida finalmente, seu analfabeto gastronômico.”
Pior do que o da alimentação é o que fala de moda. “Isto sim, é moda” Isto sim!? Pra mim, é como se o cartaz olhasse pra cada um dos cidadãos que utilizam o transporte coletivo (os baús) e estão ali na parada de ônibus e fizesse uma cara de nojo, como de quem diz “que merda de vestimenta é essa de vocês? Vocês acham que estão bonitos? Isto aqui, sim, ó, é moda de verdade.” Isto sendo que a arte é tipo uma planta que tem como flores e frutos sapatos de salto alto, bolsas, óculos, chapéus...
Pra mim, são muito mais do que cartazes que propagam as virtudes de Nova Iorque. São mais uma invasão sutil, porém aguda, do padrão norte-americano na cultura brasileira. Aqui nós temos uma culinária histórica, deliciosa, e na maioria das vezes muito mais nutritiva; formas de entretenimento mais saudáveis, mais alegres, mais humanas e mais acessíveis do que aquele show de luzes e tecnologias frias e de pouca interação; e a nossa moda é muito mais.. é muito... é, se bem que a moda... hehehe brincadeira.
Brasil e América Latina como um todo são riqueza pura nesses aspectos e todos os outros. Quem sabe abrir os olhos pra isso pode confirmar. Mas muita gente já aprendeu com o cartaz muito antes dele existir e vive aqui como se estivesse numa bolha nova-iorquina.