terça-feira, 22 de junho de 2010

A doença do mundo

Eu ontem comecei a sentir uns calafrios no meio da tarde. Comecei a me sentir cada vez mais estranho, e quando cheguei do trabalho já foi vomitando e deitando na cama acabado, fervendo em febre e tremendo de frio. Uma febre de mais de 38 graus que durou muitas horas. Depois vomitei uma segunda vez ainda de noite. Quem me conhece sabe que eu tenho a postura de nunca (ou quase nunca) tomar remédios alopáticos para me aliviar os sintomas de alguma coisa que está me fazendo mal. Penso que é uma forma de relação mais sincera com meu próprio corpo e uma relação mais real das minhas defesas e seus desafios para a manutenção da saúde. Portanto, o resultado foram horas horríveis de muita dor generalizada e dor na barriga tratadas a base de chás e técnicas caseiras como banho, cobertor e paninho com álcool. Não sei se o meu jeito é o certo, ou é certo remediar os sintomas enquanto as verdadeiras causas ficam de lado. O certo é que todo esse tempo de sofrimento e dores intensas me fez refletir sobre questões infinitas.


Mas o texto não é sobre mim ou a minha doença. Isso é apenas o gancho para uma reflexão sobre as doenças que contaminam o mundo. Por mais que se tente, doença é uma coisa que não se restringe a pobres ou discriminado. Com maior ou menor frequência, até os mais ricos do mundo ou os moradores dos países com melhor sistema de saúde do mundo ficam doentes. Todos estão vulneráveis, basta ser ser humano. A diferença é que em países da América Latina e África e tal, uma simples gripe ou diarreia é perigo de morte. Grande parte dos governantes e autoridades do mundo não sabem o que significa viver na pobreza, na miséria, na escassez, e é difícil esperar que as meras informações visuais e livrescas sejam o bastante para fazer compreender o tamanho da dor. Sensibilidade é uma virtude raríssima.

Contudo, se por um lado o rico não conhece a dor do pobre na pele, ricos e pobres estão sujeitos a elevados graus de febre, a diarreias intensas, ao câncer, diabetes, e etc. E se já adoeceu, já sentiu. Mas, se já se sentiu, porque permanecem as coisas do jeito que estão? Por que quase meio milhão de pessoas (a larga maioria de pobres) tem que morrer todo ano por causa de uma simples gripe administrável, milhões e milhões de pessoas que morrem ou padecem por anos sofrendo de males que um atendimento simples à saúde poderia amenizar? Por que permanecem tão poucas as unidades de saúde? Fico pensando se o grande empresário, quando sofreu lá o seu revestrés e amargou um punhado de dias de cama, não se põe no lugar do seu empregado, a quem nega um salário digno e o acesso a um plano de saúde, apenas por que não pode enriquecer menos do que tem enriquecido às custas da espoliação do trabalho mau pago dos seus. E em escala maior, Haiti, Palestina, Somália, Serra Leoa, Semi Árido, e agora Pernambuco e Alagoas sofrem com a omissão histórica e atual do governo frente às enchentes que estão ocorrendo na região. Fico imaginando como está a atenção à saúde dos idosos e crianças desses lugares.

Não se trata de uma simples questão política como o a educação decente ou a um transporte decente ou lazer, pois o rico e o político raramente sentiram na pele e tiveram capacidade para conhecer o mau que isso traz. Todo ser humano sabe o que é um abalo na saúde, e na hora da enfermidade é capaz de refletir que sem saúde, de nada adianta seus bens ou riquezas, e consegue sentir exatamente o que sente todo ser humano nessa situação. A humanidade está em estado de coma.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Israel desmiolada

Antes de qualquer começo, não custa frisar que o latrocínio e o genocídio de Israel no dia 31 de maio apenas serviram para escancarar uma antiga verdade: o Estado israelense é covarde, injusto e necessita de sangue para se manter. Latrocínio, pois assassinaram friamente, fora de “seu” território, para roubar suprimentos que já tinham dono, a população Palestina que vive, se é se pode chamar de viver, na miséria por causa da doença sionista. Genocídio, porque Israel promove atos de extermínio dia a dia contra um povo, não apenas com tanques, mísseis e fuzís, mas com armas ainda mais perversas como a fome, a doença e a desolação. Para arrematar esse ponto, o caráter sanguinário e covarde de Israel, repito não mais que as palavras de um sujeito nascido em regiões palestinas: quem tem olhos para ver, veja.


Israel contra Palestina, judeus contra filisteus, o conflito não é novidade há milênios. Não quero arriscar parecer um entendedor do assunto. Na verdade, penso que o oriente do mundo é um lugar de mistérios, e não engulo tão fácil o que se diz ou desdiz por aqui sobre China, ou Coreia, África e principalmente Oriente Médio. Quero apenas compartilhar uma reflexão sobre a situação atual do conflito.

Fico vendo a covarde Israel massacrando até mesmo crianças ao longo dos anos e me sinto assombrado com o potencial da maldade humana. Maldade que traz amnésia e que faz esquecer. Esquecer o dureza e a tristeza dos relatos ancestrais de um povo que tem sua história marcada por guerras e cativeiro. Parece que se perde na memória a tirania dos faraós e dos césares, e os registros de um povo em lamento ao longo dos séculos. Ao contrário, parece que o único aprendizado foi o de reproduzir aquilo que sofreram nas últimas décadas, encarcerando uma nação inteira nos grilhões da miséria e fazendo da morte algo corriqueiro na vida das famílias palestinas. Israel se esqueceu que foram em meio àquele povo que os judeus fugitivos se exilaram à medida que o sionismo ariano se fortalecia em maldade. A maldade ariana que assolou os judeus num passado recente se repete no bloqueio imposto declaradamente há poucos anos, mas imposto em oculto há muito mais tempo. E o bloqueio mostrou ao mundo todo a que veio nesse episódio: veio para matar de fome, para matar de febre, para matar de escaras, para matar os sonhos, para matar a paz. Veio para matar até mesmo os filhos de um país parceiro como a Turquia, se os turcos ousarem levar ataduras, vestimentas, alimentos básicos, e um pouco de alívio. Primeiro as 10 mil toneladas turcas, depois mil e duzentas toneladas do navio irlandês do qual estavam a bordo um ex secretário da ONU, organização falida e coitada que nada é capaz de fazer pelos conflitos do mundo, e Mairead Maguire, que já foi vencedora do Nobel da Paz. Talvez os títulos tenham valido para impedir novos assassinatos, mas o navio foi igualmente impedido de seguir o seu curso e entregar sua oferta. Israel, que até hoje amarga o gosto dos atentados dos grupos terroristas, Israel de um povo ferido e marcado pelas consequências da guerra não sabe outra coisa que não ofertar a destruição e a morte.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Manifestação pelo Passe Livre - Hoje! (9/06/2010)

Oi pessoal!

Vocês têm acompanhado as notícias sobre o Passe "Livre" Estudantil? Podemos usar esse esapaço aqui para discutirmos também esse assunto. É só postar comentários.

Hoje tem manifestação na Rodoviária em defesa de um Passe Livre digno, que faça valer o direito ao transporte!

Hoje, quarta feira, 09 de junho,
às 18h00
na Rodoviária.


Divulgue essa informação! Envie o Link

http://cartadesmarcada.blogspot.com/2010/06/manifestacao-pelo-passe-livre-hoje.html


Abraços
 
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