segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Uma (outra) palavra sobre o Aquecimento Global

Tem saído na grande mídia sobre o aquecimento global. O mote agora é o Relatório da ONU, publicado na sexta, dia 2.
Antes de falar sobre o que tá sendo veiculado agora, já adianto a seguinte pergunta: Qual é a novidade? Parece até que não se sabia de nada disso.

No dia em que as notícias foram veículadas pelo mundo, a torre Eiffel, num sinal de protesto, apagou suas portentosas luzes... Mas só por 5minutos! hehehe..
Outras pessoas aderiram ao protesto. Apagaram por algum momento as luzes de suas casas naquela noite.
É a mesma coisa daquelas caminhadas pela paz', só quando o filho de algum grande empresário morre ou coisa do tipo. Eu fico me perguntando..: É uma caminhada pedindo paz. Mas eles estão pedindo paz pra quem? Quem é que eles esperam que vai atender esse pedido?

Voltando ao aquecimento global, uma das novidades é o fato de que agora (só agora) os cientistas perceberam: o agente principal das mudanças é a mão humana. A partir daí, surgem os encaminhamentos implícitos nas notícias: economize mais, racione mais, etc. O culpado é o ser humano.. se vc é ser humano, vc é o culpado....
Não quero que pareça que sou contra economizar e a favor de poluir. Quem me conhece sabe que eu me preocupo com minha conduta nesse sentido. Só que o que faltou nas reportagens foi justamente o mais importante (foi um lapso eles esquecerem só o mais importante).
Por que não aproveitaram o momento do relatório para dizerem que os EUA não assinaram até hoje o protocolo de Quioto, pela redução da emissão de poluentes? Por que não falaram que o padrão de vida e de consumo norteamericano que a mídia tanto procura reproduzir no Brasil é responsável pelo consumo de mais da metade da riqueza globalmente produzida? Por que não botar os grandes líderes do mercado automobilístico pra responder por que os carros híbridos não são vendidos?

Pra terminar e passar a bola pra você, cito a ministra Marina Silva, quando entrevistada acerca do relatório.
"O problema é que se os países em desenvolvimento, com todos seus problemas econômicos, resolverem os 20 por cento, e os desenvolvidos não resolverem os 80 por cento que têm que resolver, não adianta nada."


Ortegal

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Um mundo cheio de violência

Ouvi de alguém hoje que o mundo tá ruim de se viver. Cheio de violência, maldade e tudo aquilo que todo mundo já sabe repetir de cor.

Quando pensamos na violência do mundo, qual é a primeira imagem que nos vem à cabeça?

Não sou adivinho, mas posso começar com um palpite forte. Você não pensou em alguma violência de Sua autoria, pensou?

Num segundo palpite, não tão forte quanto o primeiro, posso acertar que o pensamento de muita gente relaciona violência com a imagem de alguma atitude que gere violência física. É claro que geralmente a violência física acarreta uma violência psíquica ou algo do tipo. Mas o que quis dizer é que não se pensou numa violência eminentemente não-física.

O que eu quero trazer com isso?
Queria trazer a reflexão sobre as violências que cometemos.
Se eu fosse querer dar conta do conceito ampliadíssimo de violência, esse blog não ia bastar. O que quero mesmo então pra hoje é chamar a reflexão pro tipo de violência existe numa relação entre ricos e pobres que seja, dessa vez, com o foco no rico.
Trocando em miúdos, é sobre a violência de classe social que quero saber. Ou será que a sequela sem fim, a ferida abissal e nunca cicatrizada que é a vida nas severas condições de degradação humana, vivida pela população pobre todo dia é fruto de que, se não for de uma enorme violência diária de classe?

E nem você que se esconde sob o manto da inérica, do híbrido do jargão 'classe média baixa' ou 'alta'... Ninguém escapa. Pelo menos da violência que é a indiferença, a apatia, do comodismo, não. Os cúmplices também são culpados.

Ortegal


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

construir uns aos outros construindo uns com os outros


Quero começar.

Vou dar início a esse novo espaço, que é feito por mim, mas inteiramente dedicado a todos nós.

Eu pensei em várias coisas, vários temas e assuntos que poderiam inaugurar esse blog. Cheguei até a escolher umas coisas que, quando via, pensava: "isso vai dar um bom ponta pé inicial praquele blog que eu quero fazer." Mas aí quando eu chegava aqui, já não lembrava mais... Pensei também nuns nomes pro blog, mas na hora de fazer não tinha nenhum.. ou seja: vim com o cimento mas faltou o alicerce.


:: Então vo começar devagar e explicar a razão de ser desse espaço aqui ::


O cartadesmarcada tem a ver com informação.

Não quero usar aqui pra que seja um diário virtual das minhas frivolidades. Quem quiser saber delas, me procura pessoalmente.

A idéia de fazer um blog e atualizá-lo com informações é no intuito de dividir com você o que eu tenho, pois de uns anos pra cá venho absorvendo muita coisa que julgo boa, mas não tenho dividido como eu queria. Vejo também que muitos amigos estão entrando de cabeça em certas áreas do conhecimento que muito me interessam e não tenho tido da parte deles (de vocês) a partilha.

Meu compromisso maior é com a superação da besteirada que é meticulosamente plantada na cultura do nosso povo e serve para reproduzir a desigualdade e a podridão que impera hoje no mundo. Então aqui é um passo pra isso, pra cultura não massificada, pra cartas desmarcadas, praquilo que não está na grande mídia e, ao contrário, bate de frente com ela (aliás, já aproveito o ensejo pra deixar a dica: www.midiaindependente.org - odeia a mídia, torne-se a mídia). Portanto, quero deixar sempre um canal, uma porta, uma dica, ou qualquer outra que eu saiba. Quero me esgotar, me diluir em vocês, para que nos tornemos um só, um só movimento de transformação da sociedade pela informação.


Até logo.

Ortegal


 
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